sexta-feira, 24 de junho de 2011

* Espanha: Ateísmo, a face agressiva e intolerante dos “defensores da Liberdade” e a Igreja.

Na Espanha, as associações e movimentos revolucionários do ateísmo e anticristianismo por um mundo melhor, já estão a levar a sua teoria à prática:
Igreja em Barcelona, após incêndio provocado por um grupo ateu.
A única igreja que ilumina é a que arde. A luta continua” Mensagens escritas na parede exterior de uma igreja.
“Ardereis como em 36″ Ameaça escrita na parede uma igreja, recordando os feitos dos ateus na Guerra Civil.
Panfleto ” A única Igreja que ilumina é a que arde” , difundido pelas associações ateístas espanholas. O lema está a ser espalhado nas ruas:
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“A única igreja que ilumina é a que arde em chamas”

“Esta é a nossa oferta”, reprodução deste cartaz:
Movimento gay espanhol usa o logotipo da igreja a arder nas suas convocatórias de provocação a católicos.
Caixas de fósforos, o merchandising do ateísmo por um mundo mais pacífico

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«Oferecemos a nossa oferta particular à Igreja e seus valores:
3 litros de gasolina que arderam iluminando a escuridão da noite* )
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….” assaltaremos as igrejas para vender as suas jóias e incendiar as cruzes. A única igreja que ilumina é a que arde

* Sexo na adolescência ligado a índices mais elevados de divórcio, afirma pesquisa feita por Universidade.


John Henry
Um estudo da Universidade de Iowa revelou que as mulheres que têm seu primeiro envolvimento sexual na adolescência têm mais probabilidade de se divorciarem.
Publicado na edição de abril da Revisa de Casamento e Família, a análise revelou que 31 por cento das mulheres que fizeram sexo pela primeira vez quando eram adolescentes se divorciaram dentro de cinco anos depois de se casarem, e 47 por cento se divorciaram dentro de 10 anos.O índice de divórcio para mulheres que adiaram o sexo até se tornarem adultas foi muito mais baixo: 15 por cento em cinco anos e 27 por cento em 10 anos.
Anthony Paik, autor do estudo e professor adjunto de sociologia na Faculdade UI de Ciências e Artes Liberais, examinou as respostas de 3.793 mulheres que alguma vez se casaram até a Pesquisa Nacional de Crescimento da Família de 2002.
Uma primeira experiência sexual que foi indesejada ou não completamente desejada tinha forte ligação com divórcio.
Se a jovem tivesse escolhido perder a virgindade como adolescente, os resultados eram mais sutis.Quando a primeira relação sexual ocorreu no início da adolescência — antes da idade de 16 anos — as mulheres tinham mais probabilidade de se divorciarem, ainda que essa primeira experiência sexual tivesse sido desejada.
O estudo também revelou que 31 por cento das mulheres que tiveram experiência de iniciação sexual na adolescência fizeram sexo pré-conjugal com múltiplos parceiros, em comparação com 24 por cento daquelas que esperaram.
De cada quatro mulheres que fizeram sexo durante seus anos na adolescência, uma teve um bebê antes de se casar, em comparação com apenas uma em cada dez que esperaram mais.Além disso, só uma pequena percentagem de mulheres que fizeram sexo antes da idade de 18 anos disse que a experiência foi completamente desejada. Só 1 por cento escolheu fazer sexo com a idade de 13 anos ou mais cedo, 5 por cento com a idade de 14 ou 15, e 10 por cento com a idade de 16 ou 17.
Outros 42 por cento relataram que sua primeira relação sexual antes da idade de 18 anos foi completamente desejada, enquanto o restante da amostra aguardou até a idade de 18 anos ou mais para fazer sexo (desejado, 22 por cento; indesejado, 21 por cento).“É um assunto oportuno, considerando o atual debate acerca da sexualização das meninas”, disse Paik.

* “Ateísmo? Não, obrigado''


“Ateísmo? Não, obrigado” é o título de um livro que recolhe o diálogo entre o cardeal Walter Brandmüller e o jornalista Ingo Langner sobre o ateísmo. A obra, que foi apresentada em Roma em 2010, em italiano, é editada agora em espanhol por Cobel Ediciones.
Os capítulos deste livro, fruto de um diálogo surpreendentemente claro e iluminador em matéria filosófica, são tão sugestivos como “A cruzada dos ateus”, “Mas o que explode nesse big-bang?”, “Maria e o anjo: drama e mistério”, “Racionalidade da fé”, “Última estação: céu”, “O espantalho do inferno” e muitos outros que, em sua brevidade, contêm mil sugestões para a reflexão e oferecem argumentos repletos de lógica às mais diversas acusações contra os que acreditam no Deus encarnado.
Em um Summasummarum final, afirma o cardeal Brandmüller: “O mundo e o homem não existem por si mesmos, nem tampouco se explicam por si mesmos. São obra de um espírito que não tem origem nem fim. Este Logos eterno entrou em contato com o homem, criatura sua, para revelar-se a ele, surgindo na história da humanidade na pessoa de Jesus de Nazaré”.
Segundo o cardeal, a existência de Jesus é historicamente verificável. E o conteúdo da sua mensagem vai além das categorias humanas e da capacidade de expressá-lo com palavras.
“Não obstante – conclui –, estamos em condições de compreender aproximadamente o que Jesus disse, conscientes de que sua mensagem sempre é maior do que podemos conceber. A consciência desta grandeza e dos limites da nossa razão permite que a Igreja – transmissora da mensagem de Jesus – creia, e creia razoavelmente.”

domingo, 19 de junho de 2011

“Escolho tudo!”

2011-06-19 09:52:00

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“Nascida no meio dos jovens, a Comunidade tem para com eles um amor e dedicação especiais. Em sua múltipla ação evangelizadora sempre os tem presentes (...) Na grande tarefa de evangelizar os jovens, a Comunidade apresenta Santa Teresinha do Menino Jesus como modelo de santidade e sabedoria e a tem como intercessora fiel nesta missão”. (ECCSh).
Deus nos criou para sermos santos! É bem-aventurado aquele que descobre isso desde a sua mocidade.
Queremos apresentar à juventude Santa Teresinha do Menino Jesus, também conhecida como Santa Teresa de Lisieux. Desde a infância ela apresentava um grande desejo de santidade; trilhou o caminho da simplicidade e ensina aos pequenos e fracos a viver para agradar o coração de Jesus nas pequenas coisas, dando-lhe pequenas provas de amor.
Santa Teresinha ingressou no Carmelo aos 15 anos e morreu aos 24. Sua vida é um grito de santidade, de urgência de conversão na vida e nos valores da juventude, porque muitos já estão nos seus 24/25 anos (ou mais) e ainda não encontraram o sentido da vida, que é Deus. Esta santa nos ensina que enquanto estivermos nesta terra, não devemos ter outra alegria a não ser agradar o coração de Jesus.
Sim! Esta é a nossa alegria: amar a Jesus, amar os homens porque Jesus lhes ama, viver para o outro e não para nós mesmos, porque assim fez Jesus. Descobrimos que há mais alegria em dar do que em receber; que a felicidade do homem está em se doar, em viver para dar provas de amor a Deus através dos irmãos.
Toda esta vida de santidade, mergulhada na graça e na virtude, contrasta com o que o mundo oferece para o jovem, e de certa forma existe no coração dos jovens a seguinte pergunta: “É possível ser santo no mundo de hoje?”. O Papa João Paulo II responde: “Jovem, não tenha medo de ser santo!”. Ele diz isso porque como homem conhece as nossas fragilidades e sabe que o nosso orgulho muitas vezes nos leva a contar mais com as nossas forças, do que com a graça de Deus.
A santidade não é mérito do homem, é graça de Deus. É Ele quem nos torna santos. Santa Teresinha trilhou o caminho da humildade, e esta é a melhor virtude para combater o orgulho. Somos fracos, somos pecadores, não temos méritos, mas podemos ser santos, porque o “santo nada mais é do que um pecador perdoado”, que vive para anunciar a misericórdia de Deus em sua vida.
Assim, Deus nos chama à santidade e nos dá toda graça necessária para que seja possível vivê-la. Existe um pequeno episódio da infância de Teresinha, relatado pela própria santa: ela brincava com a sua irmã mais próxima, Celina; Leônia (sua irmã mais velha), julgando-se muito crescida para brincar com boneca, veio procurá-las com uma cesta cheia de vestidos e lindos retalhos para fazer outros. Leônia ofereceu-lhes o que trazia e disse-lhes: “Escolhei, dou-vos tudo isto”. Celina estendeu a mão e tomou um pacotinho de alamares que lhe agradava. Após um instante de reflexão, Teresinha estendeu a mão e declarou: ‘Escolho tudo’, e apoderou-se da cesta sem qualquer formalidade. E a própria santa descreve: “Mais tarde, quando se me tornou evidente o que era perfeição, compreendi que para se tornar santa era preciso sofrer muito, ir sempre atrás do mais perfeito e esquecer-se a si mesmo. Compreendi que na perfeição havia muitos graus e que cada alma era livre no responder às solicitações do Senhor, no fazer muito ou pouco por Ele, numa palavra, no escolher entre os sacrifícios que exige. Então, como nos dias de minha primeira infância, exclamei: ‘Meu Deus, escolho tudo’. Não quero ser santa pela metade. Não me faz medo sofrer por vós, a única coisa que me dá receio é a de ficar com minha vontade. Tomai-a vós, pois ‘escolho tudo’ o que vós quiserdes!”.
Como santa Teresinha, nós queremos escolher tudo! Deus oferece a nós, jovens, toda graça necessária para sermos santos e nós somos livres para escolher o quanto queremos responder a Ele. Por isso, não queira ser santo pela metade. Tome posse, hoje, da graça de santidade que o Senhor derrama sobre todos os seus filhos e tenha a sua experiência de viver uma juventude para Jesus.


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por
Projeto Juventude para Jesus

sábado, 18 de junho de 2011

A Igreja Católica – Como tudo começou?

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Josefa Alves
Missionária da Comunidade Católica Shalom em Fortaleza/CE

Você conhece a origem da Igreja Católica? Sabe de que forma Jesus a instituiu? Compreende a sua finalidade? Temas como estes são afrontados muitas vezes de forma extremista ou muito superficial, como foram algumas teses difundidas no inicio do século XX que tentavam convencer que a Igreja derivava da experiência dos discípulos com o Cristo Ressuscitado, mas não das palavras e das obras de Jesus.
Assim como a revelação de Deus aconteceu na história, com a Encarnação do seu Filho, também o acolhimento da mesma manifestação divina percorre um caminho histórico iniciado por Jesus Cristo: a Igreja enviada para difundir a boa nova até os últimos confins da terra. Por este motivo, é indispensável que cada cristão conheça bem a história da Igreja, senão será como o membro de uma família que não sabe nada sobre a própria proveniência.
Para uma analise histórica sobre a origem da Igreja, precisamos partir do povo de Israel ao qual Jesus se dirigiu por primeiro: A escolha de Israel tinha em si a intenção de preparar o envolvimento de todos os povos, podemos constatá-lo já na promessa que Deus faz a Abraão em Gn 12,2-3 e 15,5-6, quando diz: “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra”; também os profetas anunciavam a integração dos outros povos, como a famosa promessa que Deus fez por meio de Isaias sobre a peregrinação das nações ao monte Sião (Is 2,1-5). No centro da ação de Jesus está a mensagem da proximidade do reino de Deus (Mc 1,15), mas o anuncio do reino de Deus e a vinda o Filho de Deus à terra já é a realização de tal promessa, presente e operante, ainda que a sua realização plena se dará na Parusia.
Portanto, a fundação da Igreja foi preparada nas palavras e obras de Jesus, mas também pela escolha de pessoas concretas: Jesus “constituiu Doze, para que ficassem com ele, para enviá-los a pregar, e terem autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3,14). Este fato não pode ser negado nem cancelado. Somente eles, os Doze, são mencionados nas narrações da Ultima Ceia, onde Jesus estabelece a Nova Aliança realizada no sacrifício da Cruz. Os Doze recebem uma missão especial de representar o próprio Cristo (Mt 10,40; Lc 10,16), e aqui está a origem do termo grego “apóstolos”, que significa “enviado”. Segundo a idéia jurídica hebraica, o enviado de uma pessoa é considerado como aquele que o envia. Portanto, Jesus institui os Doze, para, também através deles, permanecer conosco até o fim dos tempos.
Aos apóstolos Jesus deu a missão de realizar o sacrifício eucarístico: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19; 1Cor 11,25), de perdoar os pecados – uma ação reservada somente a Deus – (Jô 20,22), o poder das “chaves” (ligar e desligar) (Mt 18,18) e de fazer discípulos Seus, por meio do Batismo, todos os homens de todos os povos (Mt 28,16-20); e entre os Doze, uma missão especial e decisiva é confiada a Pedro (Mt 16,13-19; Lc 22,31s; Jô 21,15-17; 1Cor 15,2-5).
Jesus muitas vezes compara a Igreja a uma casa ou a um rebanho (Mt 16,18; 21,42; 26,31; Jo 10,16; 1Cor 3,11; 9,7), mas a construção desta “casa” precisa de um fundamento de pedra, enquanto um rebanho não pode existir sem um guia autorizado, e já aqui podemos ver a importância do ministério petrino e de toda a hierarquia apostólica.
Como vemos, a fundação da Igreja é um fato totalmente acessível a qualquer ciência histórica, ela foi querida por Jesus como uma comunidade histórica e visível, com uma organização bem precisa que implica a função de guia. Mas a Igreja é também um mistério, que deve ser acolhido na fé, mas um mistério que se torna visível nos seus membros e na sua organização externa; ela é “em Cristo como um sacramento, ou sinal, o instrumento da intima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG 1). Através da Igreja, o Senhor quer que todos os homens participem da sua vida divina, mas também da sua morte na Cruz e da sua ressurreição gloriosa. Com a Igreja e nela, o Senhor Jesus permanece presente e continua a manifestar-se na história.
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INSTITUTO PARRESIA
O Instituto Parresia – setor da Assistência de Formação da Comunidade Católica Shalom que tem a missão de formar evangelizadores para o terceiro milênio através do aprofundamento dos conteúdos da Fé Católica –, oferece diversos cursos que podem ajudar a sua Comunidade, Paróquia, Projeto ou Missão a crescer no conhecimento e no amor a Jesus e à sua Igreja.
Entre em contato conosco através do e-mail: institutoparresia@comshalom.org, ou pelo telefone (85) 3308-7434.


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por Josefa Alves, Missionária da Comunidade Católica Shalom
Comunidade Shalom

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Consagrar minha juventude a Maria. Vale a pena!

- Sociedade dos Fiéis do Rosário

Depois do celular, o terço portátil. Na rua, no ônibus, no trem, no metrô, onde você estiver, linha direta com o céu (impossível desligá-lo nos locais públicos ou nas igrejas). Prático, cabe no bolso. Chamada gratuita a qualquer hora do dia ou da noite. Acúmulo de graças se você o utiliza todos os dias. Experimente nosso contrato de nove dias, você ficará tão satisfeito(a) que o renovará por tempo ilimitado!

Estudos científicos estão sendo feitos para avaliar os benefícios do impacto calmante da oração sobre a mente.

“Alô, Mãe, estou feliz por estar contigo, eu queria passar vinte minutos com teu Filho”.

1º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro meu guarda-roupa. Visita-o, faz a triagem. Quando eu for comprar roupas, entra comigo na loja, escolhe comigo. Nem ultrapassada, nem sedutora inconseqüente, que a minha maneira de vestir fale do Cristo que vive em mim. Que eu lembre antes de tudo que “o corpo vale mais que a roupa” (Mt 6,25). ”Pai nosso, Ave Maria”.

2º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro minha beleza. Se eu sou bonito(a), que seja para a glória de Deus. Se eu não sou, ou mesmo se tenho uma deficiência física, que seja também para a glória de Deus. Se já zombaram de mim porque eu sou baixo(a), gordo(a), ou sem músculos, seu eu sou negro(a) ou amarelo(a) quando eu queria ser branco(a), que eu me aceite como sou. Que eu procure em mim e nos outros antes de tudo a beleza interior. “Obrigado, Senhor, pela maravilha que sou!” (Sl 139,14). “Pai Nosso, Ave Maria”.

3º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro a minha sexualidade. Ajuda-me a ir contra a corrente do mundo, a viver a castidade e a virgindade até o casamento. Se eu me desencorajar, pensando que o homem/a mulher de minha vida está demorando a aparecer, fortalece a minha confiança. Eu rezo desde já por ele/ela. Sozinho(a), com alguém, que eu faça sempre tudo em Tua presença, sem Te envergonhar. Dá-me, no meio do mundo, os meios de manter a pureza do corpo e do coração: Tua graça, a oração e os sacramentos, os verdadeiros amigos, a doação de mim mesmo(a) no serviço e no esporte. Se eu cair, que eu me dirija a Tua misericórdia e me reerga sempre. “Felizes os puros de coração, pois eles verão a Deus” (Mt 5,8). “Pai Nosso, Ave Maria”.

4º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro a minha identidade de moça/rapaz que pode estar ferida. Se os meus pais desejavam que eu fosse um rapaz quando eu sou uma moça (ou contrário); se na adolescência eu senti atração por pessoas do mesmo sexo; se eu fui vítima de abusos sexuais de qualquer espécie, vem me curar profundamente, para que eu possa amar e viver serenamente minha vida de homem ou minha vida de mulher. Virgem Maria, ajuda-me a ser a moça que eu sou. São José, ajuda-me a ser o rapaz que eu sou. “Pai Nosso, Ave Maria”.

5º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro meu corpo que pode dar a vida. Se eu abortei, ou fiz abortar, ajuda-me a me encontrar com a Tua misericórdia e me cura das feridas espirituais causadas por este ato. Serve-te de mim para ajudar as garotas da minha escola/faculdade, que enfrentam uma gravidez não desejada. Se eu sou um rapaz, ajuda-me a perceber e respeitar o corpo da mulher como um tabernáculo que pode trazer a vida. Maria, Mãe da vida, ajuda-me. “Pai Nosso, Ave Maria”.

6º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro a relação do meu corpo com a comida. Se eu sofro de bulimia ou de anorexia, cura as raízes deste comportamento que me faz sofrer. Se eu como normalmente, ensina-me o sentido do jejum para Ti e da partilha para com os que têm fome. Que eu compreenda que “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que vem de Deus” (Mt\ 4,4). “Pai Nosso, Ave Maria”.

7º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro minha saúde. Escolhe comigo a prática de esportes que farão bem ao meu corpo e a minha alma. Ajuda-me a repousar quando for necessário. Se eu sou dependente de álcool, de cigarro, de drogas ou de qualquer substância que destrói meu corpo e minha mente, eu te suplico, salva-me: “Não são as pessoas saudáveis que precisam de médico, mas os doentes!” (Mt 9,12). “Pai Nosso, Ave Maria”.

8º dia: Senhor, pela intercessão de Maria,eu Te consagro meu corpo que sofre. Eu te ofereço desde o meu ranger de dentes até a minha enxaqueca. Vem, por Teu amor, curar as causas dos meu males psicossomáticos. Se, jovem, eu sou vítima de uma doença grave ou da perda de um membro, ajuda-me a não me revoltar diante da aparente injustiça do meu sofrimento. Ensina-me como me tornar co-redentor(a), contigo, para todos os que têm saúde mas não Te conhecem. “... eles encontraram um homem de Cirene, chamado Simão e o forçaram a carregar a cruz de Jesus” (Mt 27,32). “Pai Nosso, Ave Maria”

9º dia: Senhor, pela intercessão de Maria, eu Te consagro todo o bem que eu posso fazer com o meu corpo. Que minhas mãos sirvam aos pobres; que meus pés sejam zelosos em anunciar por toda parte Tua Boa Nova; que meus olhos só vejam o bem; que minhas orelhas escutem Tua voz; que minha língua Te bendiga; que Tu habites meu coração. Se Tu me chamas para o martírio de sangue, dá-me a graça e a força de Te render o supremo testemunho em meu corpo. “Não sabeis que o vosso corpo é um templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus?... Então, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,19). “Pai Nosso, Ave Maria”.

Fonte: Revista Shalom Maná

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Onde Deus desaparece o homem cai na escravidão e nas idolatrias

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Papa Bento XVI em sua habitual catequese da audiência geral, celebrada esta quarta-feira na Praça de São Pedro
Continuando com sua catequese sobre a oração e falando esta vez sobre o profeta Elias a quem Deus suscita para levar a povo à conversão após ter caído na idolatria de Baal, o Santo Padre ressaltou que este relato ressalta a prioridade do primeiro mandamento: Adorar só a Deus.
"Onde desaparece Deus, o homem cai na escravidão das idolatrias, como mostraram, no nosso tempo, os regimes totalitários e como mostram também diversas formas do niilismo, que tornam o homem dependente dos ídolos, da idolatria; escravizam-no", explicou.
Em segundo lugar, continuou o Papa, "o objetivo primário da oração é a conversão: o fogo de Deus que transforma o nosso coração e nos torna capazes de ver a Deus e, assim, viver segundo Deus e viver pelo outro".
E, em terceiro lugar, "os Padres dizem-nos que também essa história de um profeta é profética, está– dizem – à sombra do futuro, do futuro Cristo; é um passo no caminho rumo a Cristo".
Bento XVI propôs aos presentes a história de Elias: "é sobretudo sobre o Monte Carmelo que se mostra em todo o seu poder de intercessor quando, diante de todo o Israel, reza ao Senhor para que se manifeste e converta o coração do povo. É o episódio narrado no capítulo 18 do Primeiro Livro dos Reis".
“Começa assim o confronto entre o profeta Elias e os seguidores de Baal, que, na realidade, é entre o Senhor de Israel, Deus de salvação e vida, e o ídolo mudo e sem consistência, que nada pode fazer, nem o bem nem o mal. E inicia também o confronto entre dois modos completamente distintos de dirigir-se a Deus para rezar”.
“Os profetas de Baal, de fato, gritam, agitam-se, dançam saltando, entram em um estado de exaltação, chegando a fazer incisões sobre o corpo, "com espadas e lanças, até banhar-se todos de sangue". Esses recorrem a si mesmos para interpelar o seu deus, confiando em suas próprias capacidades para provocar a resposta”, ensinou o Papa.
Elias, por outro lado, continuou o Papa, "pede ao povo para que se aproxime, envolvendo-o assim na sua ação e na sua súplica. O objetivo do desafio por ele lançado aos profetas de Baal era o de reportar a Deus o povo que havia se perdido seguindo os ídolos; por isso ele deseja que Israel se una a ele, tornando-se participante e protagonista da sua oração e do quanto está acontecendo".
"Depois o profeta erige um altar, utilizando, como recita o texto, "doze pedras, segundo o número das doze tribos saídas dos filhos de Jacó, a quem o Senhor dissera: 'Tu te chamarás Israel'". Aquelas pedras representam todo o Israel e são a memória tangível da história da eleição, da predileção e da salvação da qual o povo era objeto. O gesto litúrgico de Elias tem uma importância decisiva; o altar é o lugar sagrado que indica a presença do Senhor, mas aquelas pedras que o compõem representam o povo, que agora, pela mediação do profeta, está simbolicamente colocado diante de Deus, torna-se "altar", lugar de oferta e de sacrifício", ressaltou o Santo Padre.
O profeta pede "que o povo finalmente saiba, conheça em plenitude, quem verdadeiramente é o seu Deus, e faça a escolha decisiva de seguir a Ele somente, o verdadeiro Deus. Porque somente assim Deus é reconhecido por aquilo que é, Absoluto e Transcendente, sem a possibilidade de colocá-lo ao lado de outros deuses, que O negariam como absoluto, relativizando-O".
Bento XVI sublinhou que "Ao absoluto de Deus, o fiel deve responder com um amor absoluto, total, que comprometa toda a sua vida, as suas forças, o seu coração. (...) Elias, com a sua intercessão, pede a Deus aquilo que Deus mesmo deseja fazer, manifestar-se em toda a sua misericórdia, fiel à própria realidade de Senhor da vida que perdoa, converte, transforma".
"O Senhor, pelo contrário, responde, e de modo inequívoco, não somente queimando a oferenda, mas mesmo secando toda a água que estava derramada em torno do altar. Israel não pode mais ter dúvidas; a misericórdia divina veio ao encontro da sua debilidade, das suas dúvidas, da sua falta de fé. Então, Baal, o ídolo vão, é vencido, e o povo, que parecia perdido, reencontrou a estrada da verdade e reencontrou a si mesmo", concluiu o Pontífice.


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por Papa Bento XVI *
ACI Digital

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fui protestante, Hoje sou Católico convicto!

* Fui protestante, Hoje sou católico convicto!


Sou de uma família de protestantes batistas tradicionais.
Dos lados paterno e materno de minha família, só existem batistas, por quatro gerações. Cresci em uma igreja batista tradicional. Aprendi desde cedo, que os católicos não eram filhos de Deus, mas sim criaturas de Deus, pois não conheciam a Jesus, além de serem idólatras.
Aprendi também que o Papa era a besta, e que a Igreja Católica era a Grande Babilônia de Apocalipse. Cedo, ainda criança, aceitei seguir a Jesus em meu coração e o fiz sinceramente.
Catolicismo para mim, era algo distante, frio e fora da realidade, algo com que não queria me envolver. Apesar de naquela época crer assim, sempre me dei bem com os católicos, meus amigos quase todos eram católicos. Desde de os oito anos, me interessei em ler sobre religião. Era divertido aprender com os livros as crenças das diferentes religiões, seitas e por aí vai.
Mas o que eu lia sobre catolicismo, não batia com o que eu ouvia na igreja batista. Aos 13 anos, resolvi, por conta própria visitar uma missa. De cara vi que ninguém “adorava Maria, nem os Santos, e a Liturgia me chamou a atenção para o foco TODO na SANTÍSSIMA TRINDADE!!! Passei a ir a missa, pois me sentia bem. Gostava do sermão, do Pai Nosso, do Sinal da Cruz.
Continuei membro ativo da igreja batista, até os 24 anos, quando por gostar muito da teologia calvinista, passei para o presbiterianismo, era a primeira vez que eu estava em uma Igreja que escolhi está.
Bom, ja era desde os 19 anos, professor, comecei a ensinar no segundo semestre da faculdade; e também já era um heresiologista. Dei muitas palestras em muitas e muitas igrejas evangélicas e grupos católicos também, que sempre defendia da fúria xiita de setores evangélicos, principalmente, batistas, pentecostais e neopentecostais.
Eu me sentia bem em minha fé, e não sentia vontade de mudar, e apesar de gostar e respeitar os católicos a idéia de ser um, nunca havia passado por minha cabeça, mas Deus tem um plano em nossas vidas, e nós achamos que controlamos tudo, mas ELE é quem sabe tudo…
DEUS MUDA, USANDO MARIA, UM PROTESTANTE CONVICTO!
Depois de assistir pela bilionésima vez A PAIXÃO DE CRISTO, do Mel Gibson, dessa vez foi diferente. Após acabar o filme, não entendia porque, só me pegava pensando em Maria. Parecia que Deus tinha enchido minha cabeça e o meu coração de Maria. Dormi, acordei, e a mesma coisa. Aquilo me dava uma sensação de paz e uma alegria diferente, era forte e impactante.
Depois, fui a livraria comprar A BÍBLIA DOS APÓCRIFOS, que tem um monte de baboseira gnóstica, mas também tem alguns livros interessantes. TRATADO DA PASSAGEM DA SANTA MÃE DE DEUS, atribuído a São João, o apóstolo. Sei que não é a Bíblia, mas depois de lê-lo, passei, MILAGROSAMENTE, a crer em todos os DOGMAS MARIANOS! Deus fazia com que minha ligação com Maria só aumentasse. Cheguei a orar e perguntar, pedindo misericórdia a Deus, dizendo, O QUE O SENHOR QUER DE MIM? Sempre amei Maria, os reformados históricos, amam e respeitam a Maria. Como eles, eu também, mas parava por aí. Agora, me pegava com a aceitação de todos os dogmas marianos… Depois eu fui a casa de um amigo, que me disse que me daria um CD, pois já que eu gostava de religião, provavelmente eu iria gostar. Nesse CD, o missionário Sidineh, contava como deixou de ser pastor da Assembléia de Deus, para se tornar católico, e o papel que Maria teve nisso tudo! Quando acabei de ouvir o CD, me encontrava sozinho e chorando. Com coragem, tomei a decisão: DE HOJE EM DIANTE, SEREI CATÓLICO APOSTÓLICO ROMANO, PARA SEMPRE… Minha esposa, meu tesouro na terra, grande e único amor de minha vida, te amo querida, mesmo sendo presbiteriana, me apoiou incondicionalmente, foi para minha Primeira Eucaristia, a minha única família presente. Toda minha família adotou a postura da indiferença em relação a minha mudança. Muitos dos meus “antigos irmãos” que me davam tapinhas nas costas e me chamavam de benção, hoje dizem que eu estou com o demônio, que virei idólatra, que troquei Jesus por Maria, dizem até que nunca fui protestante, e que minto para desviar os evangélicos.
CONCLUINDO PARA HONRA E GLÓRIA DE CRISTO!!!
Não adianta! Podem me caluniar! Continuarei na minha fé católica! Sou fraterno, mas também sou apologético e defendo minha fé cristã católica com vigor.
Minha Doce Virgem Maria, Mãe de Deus e Nossa, Meu Tesouro no Céu, amo você! Obrigado por nunca ter desistido de mim, um protestante calvinista, que apesar de te amar, não te honrava corretamente, como só você merece!
Apesar de nunca ter tido nenhuma visão Tua, sinto, desde o dia que assisti aquele filme, Tua presença de amor junto a mim! Por isso sou CONSAGRADO A TI, PARA SEMPRE… TE AMO, MÃE!!!
Meu Jesus Cristo, Rei e Senhor adorado, Supremo e Incomparável Mestre, Salvador e Deus Filho, meu amor por Ti é tão grande, que o Senhor mandou Tua Santa Mãe para me levar ao caminho de Tua Santa Igreja… Te amo Meu Jesus e adorando me prosto a vossos pés e digo: MUITO OBRIGADO, pois me sinto livre e feliz como nunca estive, pois AGORA tenho certeza de estar na Tua Igreja, de verdade…
Aos “evangélicos” que se ofendem, não sei porque, com meu testemunho, saibam que só posto em comunidades católicas, pois sempre respeitei as comunidades evangélicas. Se não quiserem proceder na mesma linha, saibam que não me intimido, nem com ameaças, nem com mentiras e calúnias!!!
MILTON, CAVALEIRO DA CRUZ DE CRISTO, FILHO E SERVO DO DEUS TRINO E UNO, DE MARIA SANTÍSSIMA E DA SANTA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, PARA SEMPRE…

O grande valor da Santa Missa

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“Uma Santa Missa tem mais valor que todos os tesouros do mundo”.
São Leonardo de Porto Maurício Padroeiro dos Missionários.

A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo oferecido, em nossos altares, em memória do sacrifício da Cruz.

O Santo Sacrifício da Missa é oferecido:
1º Para odorar e glorificar ao Senhor bom Deus;
2º Para agradecer a Deus os benefícios recebidos;
3º Para obter de Deus o perdão dos pecados;
4º Para pedir a Deus graças e favores. “Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido serão a tua maior consolação”.
Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Assistindo com devoção à Santa Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de JESUS CRISTO. Ele compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de Satanás sobre ti mesmo. Sufraga as Almas do Purgatório da melhor maneira possível.
Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. “Será ratificada no Céu a bênção, que do Sacerdote recebes na Santa Missa”, afirma o grande Doutor e Bispo da Igreja Santo Agostinho de Hipona. “O renomado pregador, denominado “O Boca de Ouro”, Doutor e Patriarca de Constantinopla São João Crisóstomo escreveu: “Estando Jesus morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O soldado, transpassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício”.
O ínclito teólogo e Doutor da Igreja Santo Tomás de Aquino disse: “O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa”. Pelo martírio, o homem oferece o Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor. A Eucaristia é o milagre supremo do SALVADOR; é o dom soberano do Seu amor”. Foi de forma magistral que a magnífica mística e Doutora da Igreja Santa Teresa de Ávila disse: “Sem a Santa Missa, que seria de nós? Tudo perecia neste mundo, pois somente ela pode deter o braço de Deus”. “Jesus Cristo na Santa Missa é médico e remédio” afirmou o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, Bispo e Doutor da Igreja Santo Afonso de Ligório.
Preciosidades
Pedras preciosas sempre fascinaram por sua beleza, raridade e durabilidade, sem contar os milhões que podem representar. A maioria dessas preciosidades, também chamadas de gemas, são minerais ou rochas formadas a partir de condições especiais e pouco frequentes na natureza. “Cada mineral tem seu modo particular de formação. O diamante, por exemplo, se forma a partir do carbono, com pressões e temperaturas elevadas, só encontradas no interior da terra a grandes profundidades”, diz o geólogo e gemólogo Nelson Luiz Chodur, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná. O total de ouro no mundo, na superfície e já processado é de 163.000 toneladas. Todo esse ouro, com todas as pedras preciosas, junto com todo dinheiro e outras riquezas no mundo, não valem nada diante da Santa Missa. “Pois sabeis que não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata ou com ouro, que fostes resgatados da vida fútil que herdastes dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo, como de um Cordeiro sem defeitos e sem mácula” (1 Pd 1, 18). O maior valor que existe na face da terra é a Santa Missa. É a Santa Missa o verdadeiro culto de louvor, oblação, glorificação e adoração a Santíssima Trindade.


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por Pe. Inácio José do Vale, Professor de História da Igreja - Faculdade de Teologia de Volta Redonda
Católicos na Rede

Existe sentido na depressão?

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"O que faz a vida parecer tão frequentemente sem sentido a uma pessoa?" Esta é uma pergunta que você já pode ter se feito durante algum tempo, ou que esteja se fazendo agora... O que para os pássaros é a muda - época em que trocam de plumagem, os tempos difíceis -, a depressão é para os seres humanos. Talvez tenhamos um conceito muito negativo desta que se tornou a doença do século XX. Por isso, gostaria de propor-lhes uma visão diferenciada, um outro modo de encarar o que para nós possa ser sinônimo apenas de fracasso. Acredito que muitos frutos podem ser colhidos nesse tempo; lembro-me agora de algumas frutas próprias do inverno e de como alegram os dias chuvosos e sombrios. Passada essa época, permanece a lembrança, não das chuvas e do frio, mas dos frutos da estação.
Porém, antes de falarmos mais sobre este assunto, é imprescindível estabelecer a diferença entre a depressão de caráter endógeno e a depressão decorrente de lutas e angústias, que também podemos chamar de psico-espiritual. Esta definição é necessária, pois o nosso objetivo é tratar apenas desta.
As depressões endógenas, podem ser desencadeadas por um fator psicológico, mas são condicionadas bioquimicamente e até hereditariamente alicerçadas. Nesse caso, é preciso uma farmacoterapia adequada e acompanhamento médico. Pode acontecer, inclusive, que esse tipo de depressão não esteja vinculado a nenhuma crise pessoal ou estressor social. Por exemplo, uma pessoa depressiva que traz em sua história familiar a depressão em gerações anteriores, ou que apresenta um déficit de serotonina, quando está livre da crise, consegue dedicar-se ao seu sentido de vida. Mas existem também os casos em que os dois tipos de depressão vêm juntos.
Vejamos agora o que é a depressão psico-espiritual, que tem acometido tantas pessoas, independentemente de faixa etária, nível sócio-econômico, profissional e religioso. Segundo Victor Frankl, psicoterapeuta existencialista, essa depressão é causada por um vazio existencial, decorrente de uma falta de sentido de vida, podendo ser encontrado por trás de uma vida profissional excessiva, no refúgio de uma atividade desportiva, na fuga para o mundo dos romances ou televisão, nos fenômenos psicológicos de massa, no decaimento psicofísico dos aposentados, na necessidade de nunca se deixar descansar ou na febre de novas ações e novas experiências. Esse vazio não chega a ser uma enfermidade, salvo quando acompanhado por sintomas na dimensão psicofísica, mas provoca um quadro depressivo - apatia, desânimo generalizado, desinteresse por tudo ao redor, podendo causar inclusive o suicídio -; adição - desespero frente ao tempo, corre-se atrás de um relógio, sem nunca parar, com receio de enfrentar seu próprio vazio -; e agressividade - pode ser explícita, como a que vemos tomar as manchetes de jornais de todo o mundo, e implícita, presente nos relacionamentos, nas discussões no trânsito etc.).
Pronto! Agora que você já sabe do que se trata a depressão, podemos voltar a falar de um assunto mais interessante: do inverno e dos frutos, dos pássaros e suas plumagens... Você já havia pensado na depressão como algo assim? Olhando-a desta maneira, não nos parece tão terrível, não é mesmo?!
Muitos de nós consideramos a depressão um tempo sombrio, uma página vergonhosa de nossa história, uma doença que aleija a alma. Difícil considerá-la um tempo de crescimento, de maturidade, de transformação... Será por causa da pergunta que se faz? Aquela acerca do sentido da vida? Afinal, reconhecer-se confuso, admitir que o mundo não lhe satisfaz, que a felicidade é simples, que o trabalho não lhe preenche, não é lá muito fácil! É preferível não mexer nisso, vestir o luto e ver no que vai dar. Sim ou não?! Não! Vejamos o porquê: a depressão enquanto condição humana, se bem orientada, deve conduzir o ser humano à tomada de consciência da sua própria vida e do seu sentido último (nada de fugir de si mesmo!). Quando isso acontece, estamos falando de maturidade espiritual, uma vez que é reconhecida a necessidade de orientar-se para Alguém que o transcende - para quem fomos criados), para uma missão a realizar e/ou uma pessoa a conhecer e amar. Isso é próprio do ser humano, é uma lei inscrita em seu coração, não dá para negar esta verdade! Temos desejo de Deus!!!
Consideremos, então, a depressão uma prova que o Senhor nos envia. Não são todos os que o Senhor decide provar desta maneira, mas, permito-me dizer, que os escolhidos por Ele são dotados de muita coragem, pois a crise consiste em admitir que se está vazio e que é preciso encher-se; que se tem sede e precisa-se de água, e para isso é preciso romper com muitas coisas, como fez a samaritana. "Deus tem sede que tenhamos sede dele", já dizia Santo Agostinho. Se conseguirmos entender a depressão desta forma, aceitaremos este meio que o Senhor escolheu para nos amar, e todo o vazio será ocupado por sua Presença que se encarregará de dar sentido à nossa vida. Mas, se buscamos um motivo fora de nós para tamanha tristeza e melancolia, muito pouco Deus poderá fazer por nós, uma vez que nos recusamos aceitar que temos sede dele.
Termino com uma citação de Santa Teresinha, intercedendo a Deus por você que passa hoje por esta dor. Não esqueça: Ele não nos prova acima de nossas forças!
"É preciso que Deus nos ame com um amor todo particular para provar-nos desta maneira. Não percamos a provação que o Senhor nos envia, ela é uma mina de ouro a ser explorada, será que vamos perder a ocasião?"

Shalom!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

* Após “largarem tudo” esperando Fim do mundo, fiéis cobram explicações ao pastor Harold Camping.

Seguidores esperam explicação pela previsão falha do Fim do Mundo de 21 de Maio de Harold Camping.
Chegou o dia 21 de Maio e também se foi o fim do mundonão aconteceu. Agora muitos estão desejando que Harold deve dar uma explicação.
De fato, o pregador está buscando discrição saindo do foco de sua previsão falha. A website da Family Radio não está sendo atualizada, e ainda proclama o dia do Julgamento Final em 21 de Maio, de acordo com o jornal americano Daily News.
Camping espalhou anúncios por diversas partes do mundo levando até outras pessoas largarem seus empregos e casas para alertar aspessoas sobre a sua previsão do arrebatamento.
Depcionado, um trabalhador da MTA disse, “Eu não entendo,” depois que constatou que o arrebatamento não aconteceu. “Eu não entendo por que nada aconteceu,” disse Robert Fitzpatrick, de 60 anos de idade.
Outros também ficaram apenas na esperança dizendo queo céu seria um lugar melhor para se viver.
“Eu estava esperando por isso porque eu acho que o céu seria um lugar melhor do que essa terra,” disse Keith Bauer que dirigiu desde Maryland para Califórnia para esperar pelo arrebatamento na sede da Family Radio.
Tantos os adeptos quanto os críticos esperam que Camping explique sobre sua errônea previsão, como ele fez em 1994.
“Eu espero realmente que ele tenha uma explicação,” disse Steve Wohlberg, um ministro de Idaho que na semana passada contestou abertamente a previsão de Camping de 21 de maio.
Com relação a se estudar a Bíblia tentando encontrar uma fórmula para se calcular a data do arrebatamento, um professor do Seminário Fuller Clay Schmit disse, “Há certas coisas sobre a fé que estão realmente escondidas por trás do véu,” disse professor de pregação da Fuller.
Desta maneira, aqueles que usam a Bíblia para formular teorias, equações que não são claramente encontrados no texto, estão indo além dos propósitos das escrituras.
Fonte: The Christian Post
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Esperamos que os evangélicos entendam que também em outras coisas, suas interpretações vão além dos propósitos das escrituras. Usam a Bíblia como um “Manual”, com interpretações fundamentalistas e de cunho pessoal.
A questão é de princípio.Mesmo sabendo que esse caso do” fim do mundo” não possa se aplicar a todos os evangélicos, o principio protestante é esse: cada um interpreta a bíblia segundo sua cabeça e segundo a “inspiração” do Espírito Santo.
De onde se conclui que existirão “outros fins de mundo..”

Como enfrentar as provações?


As provações nos fortalecem para o combate espiritual; por isso, os Apóstolos sempre estimularam os fiéis a enfrentá-las com coragem. São Pedro diz: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo…” (1 Pe 4,12). Ensinando-nos que essas dificuldades nos levarão à perfeição: “O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vós fortificará” (1 Pe 5,10).
O mesmo Apóstolo ensina-nos que a provação nos “aperfeiçoará” e nos tornará “inabaláveis”. É importante não se deixar perturbar no fogo da provação. Não se exasperar, não perder a paz e a calma, pois é exatamente isso que o tentador deseja.
Uma alma agitada fica a seu bel-prazer. Não consegue rezar, fica irritada, mal-humorada, triste, indelicada com os outros e acaba deprimida.
O antídoto contra tudo isso é a humilde aceitação da vontade de Deus no exato momento em que algo desagradável nos ocorre, dando, de imediato, glória a Deus, como São Paulo ensina:
“Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus“ (1 Tes 5,16).
É preciso fazer esse grande e difícil exercício de dar glória a Deus na adversidade. Nesses momentos gosto de glorificar a Deus, rezar muitas vezes o “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…” até que minha alma se acalme e se abandone aos cuidados do Senhor.
Essa atitude muito agrada ao Senhor, pois é a expressão da fé pura de quem se abandona aos Seus cuidados. É como a fé de Maria e de Abraão que “esperaram contra toda a esperança” (cf. Hb11,17-19), e assim, agradaram a Deus sobremaneira.
Da mesma forma, Jó agradou muito ao Todo-poderoso porque no meio de todas as provações, tendo perdido todos os seus bens e todos os seus filhos, ainda assim soube dizer com fé:
“Nu saí do ventre da minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!“ (Jo 1,21).
Afirmam os santos que vale mais um “Bendito seja Deus!”, pronunciado com o coração, no meio do fogo da provação, do que mil atos de ação de graças quando tudo vai bem.
O Jardineiro Divino da nossa alma sabe os métodos que deve empregar para limpar cada alma. Não se assuste com as podas que Ele fizer no jardim de sua alma.
Santa Teresa diz que ouviu Jesus dizer-lhe: “Fica sabendo que as pessoas mais queridas de meu Pai são as que são mais afligidas com os maiores sofrimentos”. E por isso afirmava que não trocaria os seus sofrimentos por todos os tesouros do mundo. Tinha a certeza de que Deus a santificava pelas provações. A grande santa da Igreja chegou a dizer que “quando alguém faz algum bem a Deus, o Senhor lhe paga com alguma cruz“.
Para nós, essas palavras parecem um absurdo, mas não para os santos, que conheceram todo o poder salvífico e santificador do sofrimento.
“As nossas tribulações de momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (II Cor 4,17).
Quando São Francisco de Assis passava um dia sem nada sofrer por Deus, temia que o Senhor tivesse se esquecido dele. São João Crisóstomo, doutor da Igreja, diz que “é melhor sofrer do que fazer milagres, já que aquele que faz milagres se torna devedor de Deus, mas no sofrimento Deus se torna devedor do homem”.
As ofensas, as injúrias, os desprezos, os cinismos irritantes, as doenças, as dores, as lágrimas, as tentações, a humilhação do pecado próprio, etc., nos são necessários, pois nos dão a oportunidade de lutar contra as nossas misérias.
Isso tudo, repito mais uma vez, não quer dizer que Deus seja o autor do mal ou que Ele se alegre com o nosso sofrimento, não. O que o Senhor faz, de maneira até amável, é transformar o sofrimento, que é o salário do próprio pecado do homem, em matéria-prima de nossa própria salvação, dando assim, um sentido à nossa dor.
A partir daí, sob a luz da fé, podemos sofrer com esperança. É o enorme abismo que nos separa dos ateus, para quem a dor e a morte continuam a ser o mais terrível dos absurdos da vida humana.
A provação produz a perseverança, e por ela, passo a passo, chegaremos à perfeição, como nos ensina São Tiago.
“Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança…” (Rom 5,3-5).
Sofrer com paciência é sabedoria, pois assim se vive com paz. Quem sofre sem paciência e sem fé, revolta-se, desespera-se, sofre em dobro, além de fazer os outros sofrerem também.
Santo Afonso disse que “neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em consequência da corrupção do pecado”.
Prof. Felipe Aquino
É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II.


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por
Cléofas

domingo, 22 de maio de 2011

A beleza do namoro cristão

- Pe. Marcos Chagas

As amizades e os namoros devem ser marcados pelo autêntico desejo de uma autoconstrução positiva, no respeito recíproco, no domínio de si, na dedicação a deveres assumidos com seriedade e responsabilidade. São ocasiões de crescimento verdadeiro.

O tempo que antecipa a vivência do matrimônio deve ser uma etapa de mútuo conhecimento, diálogo, oração e descoberta da pessoa amada numa acolhida positiva e fecunda. É um tempo de aprender a superar os conflitos e conviver sadiamente com as diferenças. Seguramente exigirá algumas renúncias; estas, assumidas com coragem e generosidade, criarão nos noivos ou namorados capacidades e possibilidades de assumirem sempre novas renúncias e os desafios próprios na vivência madura de um matrimônio autenticamente cristão.

O deterioramento de certos casamentos pode ter como causa o desgaste. E por que este amor esfriou e acabou? Por faltarem bases sólidas. O amor, durante o tempo do namoro, foi superficial, muito apegado aos prazeres e às facilidades. Faltou a renúncia, a oblatividade. Talvez tenha sido marcado pela incapacidade de sofrer e dar a vida pela pessoa amada. Sem o espírito altruísta, sem a gratuidade que se consolida no sacrifício e na renúncia, o amor não se sustenta.

Quem pode garantir que haverá fidelidade nas tribulações, nas crises matrimoniais, nas doenças, nas dificuldades econômicas, nos desafios do controle de natalidade responsável, da gestação e da criação dos filhos, nas tentações de outros amores que prometem e parecem resolver todos os problemas? Os noivos, na liturgia do matrimônio, prometem ser fiéis um ao outro “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-se e respeitando-se todos os dias da própria vida”. Estas promessas não serão cumpridas quando o amor é hedonista, egoísta, superficial, sem nenhuma capacidade de abraçar renúncias e sofrimentos. A intimidade – tantas vezes entendida como acesso ao corpo do outro – “acontece quando um indivíduo é capaz de equilibrar o dar e o receber e pode buscar satisfazer mais o outro do que simplesmente buscar a auto-satisfação e o sucesso”[1].

Relacionamentos superficiais e instrumentalizadores da pessoa do outro em proveito próprio (do próprio prazer) podem gerar frustrações, desconfianças e medo de viver um relacionamento profundo e verdadeiro.

É bem verdade que um desejo de manifestar fisicamente o amor, o afeto profundo, é natural e compreensível. Mas quando assume conotações claramente sexuais (através de carícias que induzem ao uso da genitalidade) esse relacionamento queima etapas e assume atitudes que são próprias do matrimônio enquanto convívio estável na manifestação de um amor esponsal sacramentalizado com finalidades unitivas (o bem dos cônjuges) e procriativas (abertura à geração de filhos), formando assim uma família.

Se o amor humano, na sua expressividade sexual-genital e demais dimensões, foi elevado à dimensão de sacramento, então significa que o uso da sexualidade-genitalidade antes do matrimônio não manifesta só a ausência de um rito, mas a ausência da Igreja e, por conseguinte, de Cristo[2].

Na intimidade sexual, e também nas demais expressões da união matrimonial, Deus se serve da mediação dos esposos para manifestar o seu amor. Deus ama o esposo através da esposa e a esposa através do esposo. E quem introduz Cristo e sua graça no convívio estável de uma vida a dois entre um homem e uma mulher é exatamente o sacramento do matrimônio. Por isso, seria banalizar o matrimônio todo reducionismo da sexualidade ao prazer genital ou destituir tal prazer da necessidade de uma inclusão integrada na esfera do amor a dois elevado à dignidade de sacramento.

Bem nos ensina o prof. Felipe Aquino: “A vida sexual de um casal não pode começar de qualquer jeito, às vezes dentro de um carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. (...). O namoro é tempo de conhecer o coração do outro, não o seu corpo; é tempo de explorar a sua alma, não o seu físico. (...). Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certo de que você não vai complicar a sua vida, a da sua namorada, e nem mesmo a da criança inocente”[3].

A partir disso, a pessoa estrategicamente vai evitando tudo o que de alguma maneira pode excitá-la ou agitá-la sexualmente, tendo sempre em vista um bem maior. Assim, namorados e noivos evitarão carícias exageradas, uma vez que isso levará a certos movimentos hormonais e psíquicos que direcionarão a uma busca de prazer, culminando no uso da genitalidade. Se, por exemplo, o encontro dos namorados é em lugar isolado e esta solidão constitui a possibilidade de certas liberdades, seria bom passar a namorar em lugar mais iluminado e freqüentado por outras pessoas. Bom seria dialogar mais, algumas vezes rezar juntos etc. Um namoro autêntico não se esgota nas manifestações afetivas de ordem física. O importante é usar de sinceridade consigo mesmo e com Deus. O senso da medida, a prudência e a temperança, o bom senso e o discernimento evangélico vão abrindo os caminhos para namoros e noivados santos e maduros. Quem aprendeu a se controlar e a viver estas saudáveis renúncias agora, se capacitará para viver as renúncias que lhe serão exigidas no matrimônio.

Além disso, o auxílio divino é sempre indispensável. “Tu me ordenas a continência: concede-me o que ordenas, e ordena o que quiseres”[4].

Rezar e viver a amizade com o Senhor ajuda a entender que, mesmo existindo elementos de ordem biológica e psíquica ou mesmo influências de ordem sociocultural, existem também forças espirituais que atuam nesse contexto. Não nos iludamos, nossa luta não é apenas “contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares” (Ef 6,12). Poderíamos até considerar ingenuidade o fato de tantas pessoas atribuírem somente à esfera bio-psíquica uma realidade que também comporta um acirrado combate espiritual!

Diz o apóstolo que “Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade” (1Ts 4,7), e para tanto ele exorta: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez, que é idolatria” (Cl 3,5).

O próprio Mestre Divino aborda o assunto afirmando essa necessidade: “Por isso, se o teu olho direito é para ti ocasião de queda, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja lançado na geena. E, se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena” (Mt 5,29-30).

Note-se, porém, que este arrancar não deve ser entendido no sentido literal, pois tudo o que Deus colocou no corpo humano tem uma finalidade boa, um sentido positivo, válido e significativo: “Deus viu tudo o que tinha feito; e era muito bom” (Gn 1,31). Todas as pessoas, tanto os celibatários quanto os casados, precisam tomar consciência que os órgãos sexuais continuam sendo sagrados e fazem parte do grande tabernáculo do Espírito Santo que é corpo humano e integram a dignidade da pessoa humana. Portanto, o sentido do cortar, arrancar, lançar fora não diz respeito ao anular, destruir ou sufocar, mas envolve um direcionamento que leve a integrar, direcionar, sublimar numa dinâmica positiva de abertura ao querer de Deus.

Para que este processo atinja níveis de bom êxito na vivência da castidade, vai ser muito útil que a vontade seja sadiamente exercitada, iluminada por uma consciência bem esclarecida; eis a importância dos estudos, da reflexão da Escritura e, sobretudo, da intimidade com Deus na oração.

O Senhor também diz que o “olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho for são, todo o teu corpo terá luz. Mas se o teu olho for defeituoso, todo o teu corpo estará em trevas” (Mt 6,22-23). Portanto, se a inteligência e a vontade do homem forem obscurecidas e corrompidas pelo apego aos bens passageiros da terra ou pelas paixões ou apetites desordenados, toda a vida espiritual da pessoa ficará comprometida e corrompida pelo vício e como que lançada na escuridão, sem possibilidade de discernir o bem do mal e apreciar as coisas retamente.

À luz desta indicação que o Senhor nos oferece, importa abraçar com generosidade uma vida de sacrifício. É tolice imaginar que terá domínio e controle sereno de seus impulsos sexuais quem se expõe às ocasiões, quem tem vida mole, folgada, vive no conforto, na preguiça, no espontaneísmo, na falta de disciplina pessoal.

Os casais de namorados e noivos, bem como cada indivíduo, busquem trabalhar-se corajosamente, encontrar soluções e não desistir de conduzir livremente a própria vida exercendo um decidido senhorio sobre seus impulsos, tendo por base os valores evangélicos e o equilíbrio afetivo.

A felicidade é também uma conquista que brota do autodomínio. A Igreja nos instrui que o domínio de si mesmo “é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida” (Cat, 2342). A quem sinceramente se empenhar para atingir este bem-aventurado autodomínio, não faltará o auxílio generoso e abundante da graça divina. Vale a pena conferir!



[1] LIDZ, T. La Persona Umana. Suo sviluppo attraverso il ciclo della vita. Roma: Astrolabio, 1971, p. 380.

[2] Cf. GATTI, G. Morale sessuale, educazione dell'amore. Leumann (Torino): Elle Di Ci, 1988, p. 143.

[3] AQUINO, F. Jovem, levanta-te! Lorena: Cléofas, 2001, p. 99.

[4] S. AGOSTINHO, Confissões, livro 10, n. 40.